sexta-feira, 25 de junho de 2010

Chega de bagunça


Se depender do corregedor do Tribunal Superior Eleitora, TSE, Aldir Passarinho Junior, a participação no horário eleitoral gratuito terá limites. Ainda não foram definidas as regras, mas terá restrições na participação dos aliados. Ministros e ex-ministros do TSE acreditam que uma decisão restringindo a participação na propaganda representaria, na prática, o retorno da verticalização das coligações, regra que obrigava os partidos a seguir nos Estados às mesmas alianças acertadas em nível federal. "Parece-me que estavam estabelecendo a verticalização na propaganda", disse um ex-ministro, ao comentar o início das discussões no TSE. O tribunal se posicionará sobre o assunto ao retomar hoje o julgamento de uma consulta do Partido Popular Socialista (PPS) sobre o uso da imagem e da voz de aliados na propaganda eleitoral. A votação começou na terça-feira (22), com o voto de Passarinho. Mas foi interrompida por um pedido de vista do ministro Arnaldo Versiani.Os contrários às restrições têm esperança de que prevaleça a liberdade nos apoios. Como regra geral, Passarinho afirmou que só podem participar da propaganda eleitoral as pessoas filiadas ao mesmo partido ou coligação do candidato ou aquelas que não são filiadas a nenhum partido ou nenhuma coligação. O objetivo dos limites seria não confundir o eleitor. Se a decisão for mantida, tudo indica que Lula será um dos grandes prejudicados. Cabo eleitoral cobiçado em alguns Estados, até mesmo por políticos de oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser enquadrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
(Aline Braga com informações do A Tarde/ Foto:web)